Essa é uma pergunta que me fiz esse ano, esse evento que é realizado a cada dois anos na cidade de São Paulo e que reúne ou deveria reunir as marcas de automóveis comercializadas/fabricadas no Brasil.
Mas nessa equação existem os prós e contras então vou colocá-las aqui;
Em primeiro lugar os prós são; ver os últimos lançamentos em primeira mão ao vivo, antes mesmo de chegar aos concessionários das marcas, as ultimas tendências em cores e design e novas tecnologias que devem chegar as ruas. Nesse ano temos algumas novidades em veículos elétricos e híbridos que estão prometidos para o próximo ano ou anos. Novos SUVs e veículos elétricos e ou híbridos que estão sendo mostrados pela primeira no salão e algumas outras novidades pontuais.
Agora os contras que nesse ano especificamente se mostraram maiores que os prós; os grandes lançamentos foram apresentados antes do salão pelas próprias marcas e foram amplamente divulgados pela impressa, redes sociais, youtube, ou seja, as tão propaladas novidades acabaram sendo esvaziadas, a crise (novamente ela) que afetou as vendas de alguns fabricantes/importadores que acabaram não participando do evento. A dupla francesa do grupo PSA, Peugeot e Citroën, a marca Chinesa JAC, e outros importadores que sumiram do salão esse ano, devido a crise do país ou o desinteresse do público. O custo um tanto alto do ingresso para um tempo de crise e a infraestrutura de atendimento que deixou a desejar com relação ao anterior de 2016 (10 reais uma latina de cerveja de menos de 300 ml e uma praça de alimentação que vendia um magro hambúrguer a mais de 25 reais ou esfihas a mais de 5, um verdadeiro abuso) no ano de 2016 tiveram a feliz ideia de colocarem Truck Foods o que tinha achado melhor e com variedade e qualidade muito maiores.
E algumas marcas que expuseram seus veículos mostraram um desrespeito com o publico pagante e mantiveram seus carros trancados e algumas, além disso, colocaram faixas de isolamento em torno dos mesmos, como se alguém ali pudesse levar um veículo daqueles nas costas. Seria melhor que essas marcas se abstivessem de expor, já que o público ali para eles era um incomodo!
Ainda alguns lançamentos amplamente divulgados foram colocados em plataformas giratórias em posição mais alta sem que o público tivesse acesso. Eu mais de uma vez fui chamado à atenção de seguranças que achavam que estava passando dos limites em meu direito de pagante ter acesso a alguns desses carros.
Uma das marcas mais antiga de mercado parece ter acordado de sua letargia e resolvido reagir e mostrar mais do que o “PF” de sempre, um dos melhores espaços nesse sentido foi o da Volks, com seu novo SUV T-Cross (e pelo que foi apresentado achou pouco frente a concorrência, não inovando em quase nada em termos de acessórios), Tiguan e as novidades hibridas como o Gol GTE e Passat GTE que possuem motores a combustão e elétricos trabalham em conjunto, achei a melhor solução do que as versões somente elétricas, apesar que o preço salgado os torna ainda sonhos distantes.
A Ford depois de algumas notícias desanimadoras; que irá interromper a produção de sedãs na América do Norte e o quase certo fim da fabricação do Focus na Argentina, apresentou o esperado Ecosport sem estepe na traseira (uma ojeriza nos dias de hoje, que era obrigatória em 2003 mas não faz sentido 18 anos depois), o grande SUV chinês Territory, uma aposta de reação ao sucesso do Jeep Compass e o lindo e muito caro SUV de Luxo Edge SR.
Gostei também do espaço da Kia que trouxe seus belíssimo sedã Stinger (que achei o mais bonito do salão) também o sempre prometido hatch Rio que a meu ver está chegando atrasado já que os hatchs perderam mercado. A Fiat apesar de não trazer nenhuma grande novidade tinha um bonito espaço com boas soluções de apresentação para seus carros e gostei bastante do Cinquecento italiano antigo.
Espero que os deslizes desse ano e se a crise deixar, tenhamos mais marcas em 2020, e mais respeito pelo público que afinal de contas é a verdadeira estrela da mostra, melhores praças de alimentação, melhores e maiores ofertas de bebidas, enfim algo que falha realmente a pena pagar.
