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Superman: Condenado

posted by Alf agosto 21, 2015


Outro dia, quando passei na minha Revistaria preferida do meu amigo Ricardo, para pegar minha carga, ou seria recarga de quadrinhos, dei de cara com a capa acima e nem precisei ler nada para saber de quem se tratava. Era nada mais nada menos que o campeão de vendas a mais de vinte anos, o Apocalypse, o icônico monstrengo criado para a Maxi-série de 1993 “A Morte do Superman”.

Provavelmente escalado novamente para alavancar as vendas do Super.

A edição encadernada em Papel-couchê, com 252 páginas e capa-dura, reúne as edições americanas da Saga “Dommed” publicadas nas edições americanas das Revistas Superman e Wonder Woman 7-9, Actions Comics 30-32, Superman 30-31 Batman e Superman 11 e Superman: Dommed.

Como vemos, pela quantidade de edições envolvidas, a ideia é alavancar as vendas das revistas do Super que, como na época da edição original de “A Morte do Superman”, devia estar em baixa.

Antes de mesmo de começar a ler, achei que poderia se tratar de um repeteco da primeira história onde apareceu “Apocalypse”, mas felizmente não, ou quase…

Resgatado por alguma mega-corporação do mal (não fica claro qual) o tal monstrengo volta maior e mais forte trazendo um rastro de destruição para todo o planeta.

O interessante é que, apesar de passados 22 anos do Primeiro encontro do Super com o Bichão e diversas outras sagas e reboots cronológicos, agora na versão Novos 52, temos um Superman atormentado e revoltado, quase duvidando que possa ser possível vencer o monstro.

Resgate do Superman

Com a ajuda de diversos personagens que direta e indiretamente tentam ajudá-lo a deter a criatura, temos ainda o personagem Aço que surgiu logo após a primeira saga, e vemos ainda Lex Luthor como um auxiliar sempre com sua própria agenda.

Mas gostei da interação do agora Casal Superman e Mulher-Maravilha (que a DC finalmente juntou, o que anos atrás foi uma tentativa em uma antológica saga de Marv Wolfman): eles partem para cima do monstro em um primeiro embate só para descobrirem que ele está diferente – mais forte e com um senso maior de destruição.

Então, para não ficar sem um clichê o tal Monstro vai parar em Smallville (sim, essa mesmo que você pensou, a cidade natal do Super), finalmente o bicho é vencido, destruído em definitivo, aparentemente. E ai, sim, começa a história que dá nome a série.

O Superman adquire um tipo de praga que se mistura ao seu DNA vindo diretamente do sangue do Apocalyse. E, após fugir tentando entrar na sua Fortaleza da Solidão, descobrindo que seu DNA não é reconhecido, ele é levado para uma prisão onde é examinado por Batman, Lex Luthor e Aço.

A parte que achei que a história se perde um pouco é onde o Super foge dessa prisão e começa a interferir em ações de outros heróis de maneira pouco sutil. A busca meio aleatória da Mulher-Maravilha por encontrá-lo, também ficou meio sem sentindo, parecendo que essa parte foi feita apenas para incluí-la no enredo.

E tem mais: a aparente possessão de Lois Lane por um alien me pareceu fora de contexto, talvez referente a um arco de histórias que ainda não foram lançadas aqui, tendo início, assim, algumas passagens estranhas e nem sempre felizes. Talvez por que o argumento não foi trabalhado por um único escritor parece que perde a coesão.

Agora, temos um Clark Kent possuído andando pela cidade e que vai se tornar, progressivamente, na criatura que destruiu, numa batalha tanto física quanto psicológica.

A sequência teremos no próximo volume. Até lá então.

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