Homem-Formiga (Ant-Man em inglês), mas que raios de herói pode ser o Homem-Formiga, podem pensar alguns.
Diferentemente de Homem de Ferro que como escreveram a época do lançamento do 1º filme dele, nunca foi um Herói de 2º nível. A Marvel sempre tratou o Homem de Ferro como o mesmo cuidado que o Homem-Aranha por exemplo, tivemos aventuras clássicas como “Crash” a primeira HQ desenhada em computador.
Mas Homem-Formiga, esse ninguém imaginaria que poderia virar filme, o personagem foi criado em 1962 por Stan Lee com arte de Jack Kirby, onde Hank Pym inventa uma fórmula que diminui o tamanho das coisas e acaba testando em si mesmo (no melhor estilo cientista louco) e não consegue mais voltar ao tamanho normal se refugiando em um formigueiro até conseguir uma cura. Mas depois do sucesso do Homem Aranha, Lee achou melhor resgatar o personagem, ele ganhou um capacete, o poder de se comunicar com as formigas e a capacidade de aumentar e diminuir. E posteriormente uma namorada e parceira a Vespa, e ainda pouco depois é integrado ao Super grupo dos Vingadores sendo um dos fundadores.
Já nessa versão criada para o filme, Hank Pym já está aposentado, e nem de longe é Super-Herói, nunca fez parte dos Vingadores, está mais para um ex-Cia aposentado que montou sua própria companhia de tecnologia, mas que ao melhora estilo de Steve Jobs foi afastado dela. Agora vive recluso em sua casa (mais para Mansão) até o momento que surge um ladrão que rouba, com bastante criatividade, diga-se de passagem, o seu traje de Homem-Formiga, carregado com as fantásticas partículas Pym que fazem as coisas e pessoas encolherem.
Quando alguns anos atrás ouvi falar que a Marvel estava preparando mais um filme e seria do Homem-Formiga, fiquei na duvida, se esse seria o primeiro fracasso do Estúdio nos cinemas, reforçadas pelos comentários sobre dificuldades na produção.
PROBLEMAS NA PRODUÇÃO
Mas finalmente ao ser lançado, conseguiram resolver os problemas e fizeram novamente mais um sucesso. Não chega a ser não impactante quanto o primeiro Homem de Ferro, mas dentro das expectativas de ser um bom filme.
Demora um pouco para deslanchar, na primeira meia-hora iniciais, fiquei na dúvida se valeria o ingresso.
Como todo filme de “Super” que se preza, faz a introdução do personagem contando como chegou naquele momento, sua “família” e todo aquele blá, blá, blá tradicional.
Gostei de ver Michael Douglas rejuvenescido por computador, e Hayley Atwell como a “Agente Carter”, envelhecida, fazendo as conexões com o Universo Marvel (ligações essas que parece ter sido uma das causas para a saída do diretor original Edgar Wright do filme).
Paul Rudd como Scott Lang, não é um Robert Downey Jr, e o filme perde um pouco de sua força nas piadinhas, mas gostei do previsível envolvimento dele com a filha de Hank, a ex-Lost, ex-Elfa, Evangeline Lilly, (como Hope Van Dyne) meio estranha com aquele cabelo corte tigelinha, foi pouco aproveitada durante o filme. Mas tivemos os momentos anti-herói com ela, para se preparar para a Missão Scott passa por um treinamento em artes marciais, onde literalmente leva “um cacete” da mocinha.
Ainda temos o vilão que não é nenhum Darth Vader, o ator Corey Stoll fez o papel de Senador boneco na série House of Cards do Netflix. Um personagem no estilo vilão de novela das 8, poderiam ter escolhido alguém mais forte para o papel. O Vilãozinho tenta reproduzir a formula original do Homem-Formiga, para ser vendida como arma para quem pagar o melhor preço.
Por fim temos mas um link com o universo Marvel, quando Scott Lang tenta entrar em um armazém que pensava ser abandonado mas acaba descobrindo ser umas das sedes dos Vingadores e enfrenta o Falcão. Talvez esse tenha sido o momento mais hilário do filme.
Mas os melhores momentos do filme são quando Scott está miniaturizado e ai o filme merece o ingresso, lembrando em alguns momentos “Viagem Fantástica” o clássico filme de 1966, mas me recordo da série animada baseada no filme. E ainda “Viagem Insólita” de 1987, mas nos momentos em que eles está correndo em meio as coisas ou pessoas com certeza me veio a memória “Terra de Gigantes” de 1968, quase podia escutar a música tema da série.
O filme custou 130 milhões de dólares, e arrecadou em sua semana de estreia 65 milhões de dólares nos EUA, valores esses considerados baixos para uma estreia da Marvel Studios. Internacionalmente, arrecadou 56 milhões de dólares em 37 países, incluindo o Brasil. Também achei que faltou, tal como no ultimo filme dos Vingadores, um cuidado maior com a trilha sonora, não teve um tema que ficasse na cabeça, como no primeiro filme dos Vingadores ou como em todos os filmes do Homem-de-Ferro.
Mas em se tratando do Marvel Studios , não é grande coisa. O filme é digno de Sessão da Tarde no bom sentido, é divertido, mas sem ser muito profundo, talvez proposital a fim de preparar o terreno para as próximas produções como Guerra Civil. Vamos aguardar.