Quando a Sony lançou o ultimo filme do Homem-Aranha, “A Ameaça de Electro” em 2014 e apesar de terem “tentado” reviver uns dos melhores momentos nos quadrinhos da mitologia do Herói, que foi a morte da Gwen Stacy, já tinha sentido um gostinho de “tem alguma coisa errada”. Foi um fracasso de critica e bilheteria.
E poucos meses depois veio a noticia que a Sony tinha jogado a toalha e havia feito um acordo para uma inédita associação com o Marvel Studios para a produção do novo filme do aracnídeo e mais que ele já apareceria em Capitão América – Guerra Civil, a minha expectativa chegou à estratosfera.
Após Guerra Civil e a pequenina amostra da versão Team do aranha fiquei meio, digamos “com a pulga atrás da orelha”, pouco do personagem foi revelado e toda a surpresa ficou para o filme “definitivo” como diz o mala do Galvão.
E da mesma forma que o filme da “Mulher Maravilha” da Warner/DC foi uma ótima surpresa, o novo filme do Homem-Aranha, Homecoming foi a mais desastrada e infeliz produção de um super-herói.
Alguns de vocês irão largar esse texto e sair correndo, mas esperem que vou explicar por que de eu ter essa opinião tão radical. Vários veículos seja na web ou mídia impressa fizeram resenhas do filme e elogiaram. Alguns logo nas primeiras exibições também ficaram com um pé atrás, mas com o passar do tempo por causa da grande maioria ter gostado as criticas contrárias foram sendo esquecidas.
Primeiro ponto, diferente da trilogia dirigida por Sam Raimi que tinha Tobey Maguire como Peter Parker/Spider-man e Kristen Dunst como Mary Jane, que era com algumas pequenas alterações fiéis aos personagens criados por Stan Lee na década de 60. A nova produção é uma salada. Pegaram como base o Universo Marvel Ultimate, onde o Homem Aranha não é Peter Parker, mas Miles Morales, um adolescente afro-americano, que ainda está no ensino médio.
Pois bem, pegaram todo o universo de Miles Morales, amigos, escola, e trocaram a etnia do personagem e deram o nome de Peter Parker, pegaram uma tia May que ao invés de uma velhinha simpática (e às vezes pé no saco), por uma coroa ainda mais ou menos, na interpretação de Marisa Tomei. Todo o restante é o Homem-Aranha Ultimate e para piorar ainda fizeram uma mescla de Homem de Ferro colocando um traje com inteligência artificial.
Então meus caros leitores, se é que ainda sobrou algum, esse definitivamente não é o meu Homem-Aranha, se ao menos tivessem sido 100% fiéis ao personagem Ultimate, eu até aceitaria, mas acho que seria mudança demais e não quiseram arriscar então fizeram esse hibrido Ultimate/Peter Parker.
E para pior o filme transforma o clássico personagem em um comediante sem talento, acho que também tentaram copiar o estilo Deadpool, a primeira hora de filme é arrastada e enfadonha como um Peter Parker procurando a aceitação de Tony Stark, como um patinho feio procurando sua mãe. Achei tudo de extremo mal gosto.
Uma grande parte de amantes dos quadrinhos não assume que não gostou.
Espero que Vingadores: Guerra Infinita seja melhor e ainda temos a expectativa de Liga da Justiça que passou as mãos de Joss Whedon, então há esperança ainda que pouca.
