Cinema

X-Men: Apocalypse, um filme “Saboroso”

posted by Alf maio 26, 2016


O ano de 2016 está sendo uma ótima safra de filmes de super-heróis, pelo menos em número de produções, mas se algumas deixaram a desejar, como o insosso “Batman vs Superman” e aquele gosto de faltou algo em “Capitão América: Civil War”, finalmente estreou essa semana, o mais novo filme da franquia dos X-Men, sequência direta de “Dias de um futuro Esquecido” baseado no excelente base do Arco de história escrita pelos geniais Chris Claremont e John Byrne e que já tinha sido adaptado para o antigo seriado animado da televisão, resultou em filme mediano apesar de juntar atores e personagens das duas fases dos X-Men.

Mas eis que Bryan Singer volta e com raro esmero conseguiu em minha opinião realizar o mais “saboroso” filme de super-heróis do ano. Com cenas impactantes logo em seu início, mostrando a origem do vilão, En Sabah Nur (Oscar Isaac, irreconhecível) no Egito antigo, com cenários fabulosos e dando tempo ao espectador de aproveitar os momentos, e depois nos trazendo ao ano de 1983 onde se passa a história do filme. Dez anos após os acontecimentos do filme anterior, onde ainda temos o Muro de Berlin, Alemanha Oriental, Guerra Fria entre EUA e União Soviética, um mundo que para quem tem menos de quarenta anos parece meio estranho, mas é nesse momento que se passa a história. Magneto (Michael Fassbender, como sempre excelente) vive com uma identidade falsa na Polônia ainda sob domínio soviético, formou uma nova família e trabalha em uma metalúrgica, tenta esquecer os acontecimentos do mostrados no filme anterior, apesar de ser procurado como terrorista.

Mas eis que Bryan Singer volta e com raro esmero conseguiu em minha opinião realizar o mais “saboroso” filme de super-heróis do ano.

Mystique, (Jennifer Lawerence) como é chamada em inglês ou Raven como a chama Charles, é considerada heroína da raça mutante, mostrada como uma salvadora de mutantes aprisionadas, sua aparição sem a cor azul sugere que atriz provavelmente exigiu aparecer mais como ela mesma, um problema em filmes de Super-heróis fantasiados. Momento esse, utilizada no filme para nos apresentar o personagem Noturno ou Nightcrawler (Kodi Smit-McPhee) e também o Anjo (Ben Hardy).

Na sequência a atual Escola de Mutantes de Charles Xavier e nos mostra o novo Scott Summers ou Ciclope (Tye Sheridan) no despertar de seus poderes mutantes e seu ridículo óculos Ray-Ban customizado.

Muitos momentos da produção são utilizados como ponte entre essa fase e a série anterior de 2000, respondendo as perguntas, uma espécie de gênese.

O retorno de Moira Mactaggert (Rose Byrne), agora uma agente da Cia que não tem lembranças de seu passado com os X-Men.

O filme vai nos mostrando o momento em vive cada um dos principais personagens, em uma história bem amarrada com momentos de respiro e alguns alívios cômicos.

A convocação de seus acólitos feita por Apocalypse e finalmente à possessão sofrida por Charles e sua posterior captura. Uma sucessão de momentos emocionantes que valem a pena.

Mas podemos apontar algumas pequenas falhas que não tiram o brilho, mas poderiam ser melhores. O pouco aproveitamento da personagem Psylocke (Olivia Munn), a escolha equivocada da atriz Sophie Turner para viver Jean Grey, a mesma que faz a Sansa no seriado Game of Thrones, (e desculpe alguns fãs da atriz) me pareceu muito acima do peso, não tendo a mesma leveza e graciosidade de Famke Janssen, que viveu a personagem na primeira trilogia.

O filme é um excelente fã service, ao mostrar algumas origens, desde a gênese de Wolverine como Arma X e também as razões que deixaram Charles Xavier completamente sem cabelos, em sua luta psíquica com o vilão, ao melhor estilo das histórias originais dos X-Men, as origens do poder extraordinária de Jean como a Fênix. Temos ainda a visão do jato dos X-Men infelizmente destruído antes de ser utilizado e para quem não sabe é baseado em um jato verdadeiro o Lockheed SR-71 Blackbird, construído na famosa Área 51.

Uma das falhas nos recentes filmes de Super-Heróis é em relação às fracas trilhas sonoras, aqui parece ter sido minimizada, a trilha é forte e onipresente em todo o filme.

E mesmo que não bata recordes de bilheteria das outras produções, esse é um dos melhores filmes de 2016.

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