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JUSTICE LEAGUE: GODS AND MONSTERS

posted by Alf agosto 7, 2015


Esse é o nome de mais uma animação em 2D lançada pela Warner no Brasil que, como de costume e infelizmente, lançada aqui sem a versão Blu-ray, tratando o fã de quadrinhos como somente crianças e esquecendo novamente do público adulto que gosta/acompanha/curte esse tipo de Animação.

Jogando na Zona Fantasma o descaso dos distribuidores, vamos ao filme: o que realmente chamou a minha atenção, foi a total virada de mesa do tema na qual, ao invés de montar uma história tradicional com os personagens padrão da DC/Warner, foi feita a opção de construir versões divergentes onde temos um Superman que é filho de Zod (e não de Jor-El) que foi gerado durante sua viagem/fuga para a Terra e também foi criado por imigrantes mexicanos. Eu curti porque gosto dessa exploração nos quadrinhos de “e se fosse assim? e se fizermos assim?”, mas no filme senti falta dessas facetas não terem ficado muito claras ou terem não sido mais exploradas… é uma história nova? Então, eu queria conhecer melhor!

Durante o desenrolar do filme ainda temos diversos personagens conhecidos no universo tradicional que também foram mudados/alterados/distorcidos ou resumidos

Ainda temos também um Batman que realmente é um vampiro e no melhor estilo Nosferatu. Na verdade, o personagem não é totalmente novo, mas trouxe uma roupagem diferente da usual. Enquanto na versão tradicional, Kirk Langstron cria um soro com base em morcegos e inspirado em Batman se torna realmente um Homem-Morcego, com ênfase no morcego, nessa versão foram aproveitadas algumas características do personagem fundidas aos traços do Batman tradicional. Por exemplo: deixaram de lado a versão Bruce Wayne, milionário, mas deprê, para colocar um cientista genial, mas doente. E de novo: não ficou clara qual era a doença e eu fiquei achando que pode ser leucemia.

E, por último, gostosa e poderosa como sempre, a Mulher-Maravilha, que não é a amazona filha de Themyscira e sim uma alienígena de Nova Gênese  de nome Beka, lembrando Barda (outro personagem da linha tradicional) que se auto-impõe um exílio depois que seu noivo Órion, filho de Darkside, é assassinado por seu próprio pai. E outra ordem invertida: ao invés de Apokolips ter um lado-negro, como conhecemos, é Nova Gênese que mostra seu lado sombrio.

Durante o desenrolar do filme ainda temos diversos personagens conhecidos no universo tradicional que também foram mudados/alterados/distorcidos ou resumidos, como a Lois Lane – ela é mostrada como uma editora sensacionalista que passa longe da outrora namorada/amante/ficante do Superman (uma mudança já feita na atual linha Novos 52 da DC) ou o Victor Stone, que não passa de um adolescente e não o Herói Cyborg da Liga da Justiça tradicional.

Também salta aos olhos no desenrolar do filme que os heróis aqui não seguem a regra que Super-herói não mata, mas em Justice League: Gods and Monsters eles matam e parecem fazer isso muito bem, até com crueldade.

Superman, Batman e Mulher-Maravilha
(mas não como os conhecemos)

Superman mesmo sem saber que é filho de Zod, demonstra as características do vilão tradicional que conhecemos.
Batman extravasa seu lado vampiresco nos bandidos/terroristas e a Mulher-Maravilha não tem dó nenhuma também.
Ainda temos Steve Trevor que aqui é um militar que para não fugir a tradição tem uma queda pela Mulher-Maravilha. 

E  não menos importante Lex Luthor que surge como um professor renomado que parece trabalhar para o governo americano e que ao final se torna uma versão de Stephen Hawking altruísta.

O desenrolar do filme segue o tradicional, sem deixar algumas surpresas, no melhor “estilo Agatha Christie”. 

De novo, minhas reclamações: pena que a animação é feita em um 2D tradicional sem profundidade e maior capricho gráfico e houve maior preocupação em lançar novos conceitos do que nos dar tempo de digerir. Num próximo filme, espero que as diferenças dos personagens ganhem maior relevo, explorando melhor as diferenças dos personagens em relação as suas versões padrão.

Fico esperando uma continuação ou aproveitamento desses personagens em outras produções e, de uma próxima vez, quem sabe, com a a versão em Blu-ray.

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